A negro, E branco, I rubro, U verde, O azul: vogais
algum dia direi vossas fontes latentes:
A — torso penugento e negro de esplendentes
moscas, zoando ao redor de podridões mortais,
golfos de sombra; E — fumo branco, alvos tendais,
flechas de gelo, reis de luar, pálios trementes;
I — púrpura, hemoptise, ébrios lábios candentes,
belos, em risos de ira ou penitentes ais;
U — ciclos, vibrações de oceanos verdes, paz
das veigas pastoris e das rugas que faz
na fronte do alquimista o longo investigar;
O — supremo Clarim de estranhos sons profundos,
silêncios através dos Anjos e dos Mundos:
O — Ômega, fulgor lilás do Seu Olhar!